sexta-feira, 5 de julho de 2013

MEUS 30 ANOS!!!


Bom dia, pessoal!!!!!!

Decidi postar aqui uma reflexão acerca da chegada de uma nova etapa na minha vida: os 30 anos!
 
Antes de completar esse número redondo, tive um dia muito difícil. Dia em que me lembrei de tudo que fiz na minha vida até agora... dos acertos, das mancadas...foi um momento só meu onde eu pude avaliar se eu não havia esquecido nada de tudo que sonhei em fazer.
 
Por exemplo:
 
Dos 8 aos 15 - eu jurava que seria dançarina do Michael Jackson. Eu e minhas amigas de infância até fizemos uma apresentação na minha casa no meu niver de 15 anos! Um expetáaaaculo,como diz a Gis;
 
Dos 15 aos 17 - mudei de foco! Vi mesmo que meu talento era para ser cantora. Não só os ecos do banho me fizeram acreditar nisso como também as idéias e poesias por mim elaboradas no chuveiro me fizeram crer no meu potencial,rsrsrs
 
Aos 18 combinei com minha amiga Roberta (traíra,heheheh) que faríamos Turismo. Conversávamos e sonhávamos com a profissal certas de que seríamos vitoriosas! No final das contas, fiz o vestibular e dona Roberta foi estudar Direito na federal de Goiás! (Graças a Deus nessa época a mãe era brava e não a deixou fazer Turismo!). Meus pais, certos de que me deixando fazer o que queria iria isentá-los de qualquer culpa no futuro. Oh Lord! Hoje os acuso de não terem me pedido para fazer qualquer outra coisa!rsrsrs
 
Depois da faculadade, aos 24 anos, veio o sonho incontrolável de conhecer o mundo. Desbravar,viver, voar. A melhor experiência da minha vida foi ter viajado para o Canadá. Graças aos esforços dos meus pais, pude realizar esse grande sonho de falar inglês, conhecer outros modos de pensar e agir e, principalmente, amadurecer....e muito! Descobri o quanto Deus é grandioso e um artista ao produzir tantas obras-primas da natureza! Aprendi a respeitar as diferenças e me colocar no lugar da outra pessoa antes de julgá-la.
 
Voltando dessa viagem, já não era mais a mesma, afinal, como tirar asas de quem acabou de aprender a voar.
 
Voltei diferente. Mulher decidida. Independente...Lembro da Kelly e da Vera comentando: Vivis, você tá diferente...logo quando me viram! Até meu corpo mudou! Estranho....rsrsrsrs
 
Foi aí que aos 26 lá vou eu encarar de novo o mundo. Fiquei por meses, no meio do oceano, conhecendo lugares, pessoas, culturas...conhecendo a vida e a mim mesma! Vi furacões, maremotos e peixes voadores. Ásia, Europa, América...Mar morto, Mar vermelho...hindús, muçulmanos, xiitas, sunitas e budistas. Experiência única da qual eu jamais me esquecerei.
 
Hoje estou eu aqui, fazendo 30 anos simplesmente com a certeza de que, por mais que tenha estado distante por muito tempo, sei que aqui é minha casa e vocês, minha família dos quais sempre senti saudades.
 
Hoje minha recomendação é:
 
Viva! Viva intensamente! Não se arrependa das coisas de que não tenha feita afinal...você não as fez, como pode se arrepender?! Tente! Lute! Faça o que gosta! Tenha tempo para você e também para todos! Leia! Não se preocupe ou brigue por coisas fúteis só para ter o gostinho de ter razão...releve! Grite alto! Ria alto!
 
Perdoe!Perdoe!Perdoe! Somos diferentes. Pensamos e fazemos coisas diferentes. Fazemos merda e dizemos coisas sem pensar, que magoam. Da mesma forma, peça desculpas. Diga com licença e obrigada...obrigada com um sorriso (de preferência). Saiba admitir seus erros, saiba melhorar...é por isso que estamos na Terra hoje...para evoluir!
 
xoxo

ACEITAR AS DIFERENÇAS É DIFÍCIL...

Olá pessoal,

Após muito tempo sem escrever e, principalmente, perdida em minhas decisões amorosas e profissionais, resolvi colocar toda essa angústia no papel para tentar amenizar um pouco essas aflições. Nesse sentido, percebi que tudo nada mais era do que a relação entre eu mesma e a aceitação das mudanças, sejam elas percebidas durante os anos sejam relacionadas às pessoas e acontecimentos a nossa volta.

As coisas mudam às vezes de alguma forma que não se pode controlar. Envelhecemos quando não queremos, alguma pessoa nos deixa...Haverá sempre uma mudança, mesmo quando nossa vontade é de ficarmos estáticos. Por exemplo, mesmo que saia para o trabalho desanimada, com vontade de ficar na cama num dia chuvoso e frio, você terá que conviver com as mudanças a sua volta: as pessoas falando com você, uma piada engraçada no corredor e, no final do dia, quando você menos espera, seu humor será outro e a vontade de transformação novamente vem à tona.
O sofrimento nada mais é que o apego às coisas e a vontade de elas não mudarem. Para que haja uma compreensão plena do que é a vida é preciso saber, antes de tudo, que ela está em constante transformação, mesmo quando esta transformação não depende de você. De acordo com o Buda Sakyamuni, “precisamos compreender duas verdades fundamentais da vida: A primeira é a natureza impermanente de todas as coisas, onde tudo na vida está em constante mudança e, por fim, deixará de existir. A segunda refere-se à sua compreensão de que nada apresenta uma identidade ou essências fixas – cada existência individual depende de todas as outras e a elas está interligada.
Acho que ele se refere a nós sermos diferentes em cada tipo de ambiente. No final das contas, desempenhamos diversos papéis em diferentes situações. Em um relacionamento, você pode ser ciumento e em outro, não. Pode ser inseguro em um, mas extremamente confiante e decidido com outra pessoa. Tudo depende então das coisas e pessoas que estão ao seu redor naquele momento. Além desse fator de mudança, existe também o fator amadurecimento e o fator idade. Esses fatores são decisivos na hora de tomar decisões sobre o futuro.
Dessa forma, como se pode saber se o amor de agora é ou não mais forte ou mais fraco que o de outrora? Suas percepções sobre a vida mudam, as pessoas e as ações que acontecem ao seu redor também influenciam na sua mudança interior. Seus objetivos já não são os mesmos. Você aprende e faz coisas que antes jamais pensaria em fazer.A resposta é,então. Não pode, nunca poderá saber. As circunstâncias e fatores têm inúmeras diferenças as quais jamais apontarão, como em uma fórmula matemática, qual o denominador comum.
Portanto, devemos aceitar as mudanças, sendo elas positivas ou não. Devemos também aceitar que as coisas e pessoas vêm e vão. Só assim poderemos entender e até conviver melhor com as diferenças. Por meio desse conhecimento, nos daremos conta de que as coisas nem sempre funcionarão como queremos ou que as pessoas nem sempre se portarão da maneira que gostaríamos. Assim, deixaremos de criar tantas expectativas sobre os outros e daremos mais valor às coisas simples e às diferenças que cada um possui ao invës de apenas julgá-las.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

FILOSOFANDO...

É estranho, né?

Como as relações humanas estão mudadas! Há dez anos, as pessoas se conheciam. Isso era fundamental! Uma das etapas do processo. As pessoas perguntavam o nome, conversavam, saiam, tornavam o interesse mais forte e então, finalmente, após isso tudo (que geralmente durava, no mínimo, 3 dias), elas se beijavam. E com isso, após todo o processo de conquista e após criado um certo laço afetivo, as pessoas namoravam. Aí sim, se não desse certo, terminavam e tentavam novamente com outro alguém.

Hoje em dia, não acontece isso. As pessoas mal perguntam o seu nome e já vão com aquela cara de cachorro pidão exigindo um beijo. Ninguém mais precisa de afinidade ou nem mesmo atração para se arriscarem em uma conquista. Parece que a idéia de "fast-food" e "service express" também estão servindo para as relações afetivas. Tudo agora precisa ser "pra já" senão, não serve. Tudo precisa ser rápido e, consequentemente, superficial. Parece que agora as pessoas têm medo de se envolverem. De se relacionarem. Em uma geração em que as mulheres já dominam em número e qualidade, os principais postos de trabalho, o homem recua. Ele tem medo desse poder. Dessa maturidade e, principalmente, dessa independência. E, no intuito de não ficarem "por baixo", se defendem da mesma forma: mostrando independência e, na maioria das vezes, se afogam em papéis e mergulham na busca incansável pelo trabalho perfeito e realização profissional.

Com isso, esquecem que a maior conquista que um ser humano pode ter é alguém para compartilhar sua vida. Alguém que possa lhe dar apoio, ficar feliz com suas conquistas e participar de sua existência!!!

Além disso, as pessoas hoje em dia são tão egoístas! Todos com tanta pressa! O tempo vira inimigo, então, da relação humana. Com isso, correm atrás de relações rápidas também. Que sejam eficazes apenas para satisfazer o corpo, afinal, não é possível evitar o instinto animal, preso em cada um de nós através de nossas heranças genéticas.

O problema é quando algumas pessoas se recusam a ser assim, ou seja, a seguir essa "moda" baseada em ser fácil e não perder tempo. Essas pessoas que ainda acham fundamental a existência da conquista como base para qualquer relacionamento, acabam sendo tachadas como "caretas" ou "infantis". Embora elas tentei se adaptar ao modo de ser da maioria da população nessa cultura atual, elas não conseguem, pois foram criadas em um ambiente em que o amor e a conquista são fundamentais para a existência de algo realmente verdadeiro.

Na minha opinião, as pessoas não se dão mais valor. As mulheres, principalmente, não se dão mais valor. É possível sim ser profissional, ser independente sem, contudo, participar desse "modismo" de pessoa "Mc Donalds"! Temos sim o poder de termos cuidado com nosso corpo e dar valor a ele. Temos sim a responsabilidade de dar força a princípios éticos (palavra cada vez menos usada em nosso cotidiano) e passar isso para as próximas gerações! Por que agir assim? Correr atrás de homem, quando na verdade é o papel deles de fazê-lo. Deixe-os agir! Sempre foi assim, desde os primórdios da humanidade. E, que eu bem me lembre, é muito mais gostoso! Como é bom ser cortejada, sentir o frio na barriga, as mãos tremendo! Elas ainda tremem, mas de medo!rsrsrs De perceber o quanto as relações são fúteis....sem conteúdo!

Será que as pessoas não percebem que isso tudo é falso? Que essa satisfação é momentânea? Que depois voltamos a ser as mesmas pessoas solitárias, afogando nossas ansiedades, mágoas e incertezas no pobre do cachorro de estimação! É por isso que hoje em dia o estresse atingi também os animais!!!!


Vamos acordar pessoal! A vida é tão curta para nos entregarmos a relacionamentos tão artificiais. Vamos voltar a ter coisas verdadeiras, simples! Só elas podem nos trazer de volta a uma realidade menos banal que essa em que vivemos atualmente! Não percamos nosso pouquíssimo tempo em situações que não nos levam a lugar algum! Se é algo de que você não se lembrará no dia seguinte, então...para quê???

Tenhamos relacionamentos mais verdadeiros. Pessoas com que se valha a pena estar junto! Não temos que ceder, se não queremos ceder. Não temos que aturar, se não sentimos vontade! Vivamos plenamente, afinal, " se nem Jesus agradou a todos, porque nós iríamos agradar"? (é meio clichê, mas funciona bem nesses casos,rsrsrs)

É isso aí: Diga sim aos sentimentos verdadeiros!!!! Sempre!!!!

Quem está comigo???

Um grande abraço a todos!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Esquecendo o amor da minha vida!


Hoje, finalmente, após 4 meses que retornei do navio, resolvi enfrentar os meus fantasmas. Resolvi voltar ao meu apartamento e tirar de lá todas as lembranças que tinha do meu ex. 7 anos de namoro. Afinal, não é tão fácil esquecer como gostaria que fosse. ;) Li, pela última vez, todas as cartas.Vi todos os álbuns de fotos, ainda com suas anotações de amor e de saudades. Senti falta, ao ver todos aqueles presentes: o coração de pelúcia, os sapinhos que se encontram dizendo "te amo", o champagne, as fronhas, as roupas...tudo estava ali, em cima da minha cama...intactos!

Foi uma hora muito dolorosa para mim. Então, para amenizar a dor, decidi escrever. Sim, escrevi uma carta para ele e tinha tomado a decisão de entregá-la, juntamente com tudo. Pela primeira vez, não quis guardar nada dele. Não por raiva, mas sim por ter sido uma pessoa muito especial para mim e senti que era a hora de esquecer de vez o AMOR DA MINHA VIDA! Pensei em mim. Em seguir adiante e, para isso, teria que apagar de vez da minha memória essa pessoa que significou tanto! Desde o dia que cheguei de viagem, estava sendo muito difícil para mim voltar a ser completa. Me sentir livre! A realidade mostra o quão frágeis somos. Que os sonhos acabam. E a sua vida retoma o curso normal. Minha vida normal, era ao lado dele. Aliás, minha vida era ele. No sonho que estava vivendo, ele não estava, mas aqui, na realidade, ele estava presente em cada cômodo da minha casa, em cada lugar que fomos juntos, em cada vinho que tomamos.

Contudo não pensem que me arrependo. Por mais que eu tenha sofrido esses meses tentando me recuperar do término de nosso relacionamento, ainda sim penso que fiz a coisa certa! Foi uma das decisões mais acertadas que fiz na minha vida. Amadureci muito! Aprendizado elevado ao cubo! rsrsrs As coisas parecem tão claras agora: sei quem eu sou, como sou, do que eu gosto e do que não gosto! Tantas coisas mudaram em mim....e para melhor! Sorrio mais, já não levo mais desaforo para casa, faço o que quero, quando eu quero...ninguém mais me controla. Sou mais forte, mais decidida, menos mimada. Sou infinitamente mais controlada, mais educada, mais paciente. Sou mais responsável e mais profissional do que nunca! O fim do namoro, associado à minha idade (já tô com 27! passa rápido, não?!), fizeram com que eu crescesse muito...e também com que eu adquirisse algumas curvinhas...umas nem tão legais assim,rsrsrs Agora sei: Sou mulher! Talvez, se ele me conhecesse agora, teria percebido o quanto mudei. Quem sabe não brigaríamos mais por coisas fúteis. Quem sabe não faria mais tantos dramas. Quem sabe ele não agiria com tanto descaso, já que eu seria tão menos dependente dele. Talvez ele demonstrasse mais, já que eu não demonstraria tanto carinho como sempre fiz. Talvez ele desse mais valor! Quem sabe! Uma coisa é certa: tudo seria diferente! Eu e ele seríamos diferentes! Mais adultos. Talvez até não levaríamos tanto tempo para nos casar, não sei. As respostas, infelizmente, nunca poderei obter.


Sou independente agora. Enxergo as coisas com mais clareza e definição de detalhes. Sou quase uma TV 3D, rsrsrs. Não perco mais tempo com pessoas fúteis e nem remoendo sentimentos frágeis. A vida passa tão depressa, então para quê desperdiçarmos tantas horas chorando pelo passado? Após esse relacionamento e, é claro, após minhas viagens, percebi o quanto eu mudei diante da vida! Tinha isso dentro de mim, mas nunca soube que realmente seria possível viver tudo que eu vivi e aprender tanto em tão pouco tempo. Estou mais viva do que nunca!

Entre as milhares de coisas que aprendi, percebi que ninguém muda. Não adianta o quanto você pense ou sonhe. Ninguém mudará seu jeito de ser e ninguém mudará por você. As pessoas são como são. Boas ou ruins. E que mesmo que certas atitutes, às vezes, provem o contrário, a essência sempre aparecerá com mais força. Aprendi também que não é pecado querer conhecer o mundo, outras pessoas, outras culturas. E que não é feio escolher "viagens", escolher aprender um pouco mais sobre os seres humanos e sobre o mundo lá fora, ao envés de ficar sentada, naquela sua vidinha cotidiana do trabalho para a casa. Amar é importante. Eu amei demais. No entant chegou um ponto em que estava amando-o mais do que a mim mesma. E assim, não estava feliz. Minha estrela não brilhava mais. Nunca quis ficar, me casar e passar minha vida toda no mesmo lugar. Além do mais, se desistisse dos meus sonhos para ficar com ele, do jeito que as coisas andavam, provavelmente veria seu amor escapar pela janela com alguém. Ficaria sem o amor da minha vida e também sem meus sonhos. Percebi que meus sonhos éram mais fiéis, mais confiáveis que ele!

Nunca confiei realmente nos sentimentos que ele tinha por mim. Ele sempre dizia, mas alguma coisa, lá no fundo, me mostrava que aquilo não era tão intenso quanto ele me mensurava. Além disso, ele nunca foi de demonstrar tanto, e isso até minhas amigas percebiam e comentavam comigo. Nunca confiei plenamente no Diego. Ele sempre tinha "olhos para outras"...até piscava! Tinha um caso antigo com uma prima que, após 2 anos de namoro, o fez trocar nossa foto por uma foto dela! A colocou no mesmíssimo lugar em seu quarto. Também houve uma vez, após 1 semana que eu estava de viagem ao Canadá, descobri que estava dando em cima de uma mulher por email. Li todas as suas mensagens. Ela chegou a enviar um cartão postal e marcar um encontro dizendo que o roubaria de mim. Ele deixou à vista em seu criado-mudo! Será que foi de propósito ou displicência? Nunca saberei! Outro dia, saímos com minha amiga Roberta a uma boite...nunca me esqueço disso! Ele olhava tão fixamente para uma mulher, que ela veio a seu encontro. Deixei tudo acontecer! Só mostrei, desde o começo, e pedi que minha amiga observasse comigo! Agora tinha testemunha de que nada era apenas "coisa da minha cabeça". Minha amiga também ficou sem entender o que estava acontecendo e apenas se calou! Esses são apenas alguns exemplos, poucos de muitos, pelos quais passei. Mas foram também motivos que se agregaram entre si para me fazer tomar a decisão que tomei.

Pode até parecer um pouco exagerado, mas também tiveram outros motivos, até um pouco bobos, que me fizeram terminar tudo. O fato de ele não querer aprender a fazer nada em casa (o Diego não sabia trocar uma lâmpada!). Não queria aprender a cozinhar, não gostava de organizar a casa. A preguiça para ele era definida constantemente como cansaço. Não me levava para sair, não me pedia para ficar...Enfim, eu que estava tão acostumada com um pai que era desde pedreiro a eletricista... eu que aprendi até a consertar carros, não iria conseguir viver com um cara que estava disposto a pagar até para trocar a resistência de um chuveiro! Queria um HOMEM de verdade! Não um garoto que sempre vivia às sombras dos pais!

Agora, de qualquer forma, vai ser difícil alguém conquistar meu coração novamente, pois diante de tanto aprendizado, também me tornei uma pessoa mais exigente. Não me entrego mais como antes. Não sou carinhosa como antes. Não deixo meus sentimentos me dominarem. Agora, sou guiada pela razão! Não deixo mais me envolver por ninguém! Na verdade, não quero. Vai ser difícil me apaixonar por alguém de novo! Acho que isso só vai acontecer mesmo quando eu achar O Cara! Como esse está em extinção...não sei não!!!rsrsrs

Por enquanto, somente amigos e família fazem parte da minha vida!


Aprendi a viver cada minuto intensamente. Após o término do meu relacionamento com o Diego, estou tendo a oportundiade de fazer amizades intensas com pessoas totalmente diferentes de mim. De viajar, mais do que nunca. De conhecer. De participar. De ir a festas totalmente loucas e outras totalmente cultas! Oportunidades que talvez nunca teria e sensações que nunca sentiria se ainda estivesse ao lado dele. Aprendi também que devemos sim correr atrás da felicidade...sempre! Aprendi a ser mais humilde. A respeitar mais o próximo. A ter mais paciência com meus pais. A não discutir! Também aprendi que rebeldia não compensa, mas que sempre devemos mostrar nosso ponto de vista! Aprendi que sempre há duas possibilidades, dois caminhos e que cabe a nós escolher qual seguir. Aprendi a ser feminina. A me cuidar mais. A me dar mais valor. A não deixar ninguém me magoar. A pensar mais no próximo!

Ufa...aprendi isso tudo em um pouco mais de um ano! E acredito que tenho muito mais a aprender e que estou no caminho certo!

Nunca é tarde para mudar a direção de nossas vidas! Esse é o maior aprendizado que sempre levarei comigo!!!

Um abraço a todos e agradecimentos especiais às minhas amigas e familiares, que me deram tanto apoio nessa fase tão Fx"<##% da minha vida e que ficaram de ouvido quente de tanto me ouvir falar do EX.

beijos!

quarta-feira, 12 de maio de 2010


...Depois de 6 meses, as tão sonhadas: FÉRIAS!!!

Cá estamos nós outra vez: depois de 6 meses em um navio, 2 horas de ônibus de Santos a São Paulo - Guarulhos, e mais 2h30 de voo de lá a Brasília...finalmente chego em casa!!!!

Que saudade de tudo e de todos! Saudades da minha mãe, a primeira a me ver e a me buscar no aeroporto. Quanto chororo!!! Depois disso, eu imediatamente me dei conta do tempo que fiquei longe de casa: 6 meses! Engraçado, pareceu passar tão rápido!!! Enquanto estava no navio, as horas passavam tão depressa que mal me dava conta da existência do tic tac do relógio.

Pelo balanço geral, ficam apenas as lembranças positivas. E é assim que tem que ser, afinal as negativas... bem, contribuem sim para o aprendizado do ser humano, mas devem ficar numa lembrança vaga de que um dia eu sofri bastante. E quem é que quer lembrar das coisas ruins? Eu quero é esquecer!!! Tira-se o aprendizado, só para não ter que passar por determinadas situações de novo e o resto a gente joga fora, bem no fundo do mar!

E quantas desilusões tive nessa experiência, hein? Amor antigo que se deteriorou. Amor novo que não ficou! Trabalho árduo e cheio de regras e detalhes aparentemente inúteis, mas que ao mesmo tempo essenciais para a sobrevivência de uma tripulante em alto mar. Tamanhas foram as confusões que aprontei...e como aprontei! No começo, sofria com a troca de fuso horário. Incontáveis foram as vezes que meus colegas de trabalho me ligaram em minha cabine para dizer que estava atrasada. Outras tantas que ouvi de minha chefe que eu era nova e que eu aprenderia a não tentar mudar as regras tão antigas da companhia, mas sim apenas obedecê-las.

Mas de tudo que passei, saquei proveito para aprender. Descobri que meu relacionamento de tantos anos já não era o mesmo. Descobri que eu já não era a mesma. Que meus objetivos de vida eram outros, que minha essência era outra, uma mulher mais calma, mais madura, mais humilde. E como uma viagem muda a gente! Não pelo fato de conhecer outras paisagens e desfrutar de lugares exóticos e comidas maravilhosas, mas de aprender com a cultura de cada lugar e, no meu caso, com a de cada um que viveu naquele barco junto comigo. Com o filipino de todas as semanas, ao meu lado, no exercício de abandono (mais conhecido como General Drill), respondendo a todas as perguntas sem exitar, sem errar. Do indiano que me ensinou um pouco de sua filosofia de vida e sobre o respeito de seu povo as suas mulheres. De outro que me fez ver quão graciosa é sua dança e suas melodias. Que me ensinou a sentir a paz ao ouvi-las. E a respeitá-los. Estou falando também da dança de amigos búlgaros que muitas vezes presenciei, sem necessidade de festa e até, às vezes, sem necessidade de música. O puro e simples dançar. A cultura mostrada ali: ao vivo, simples e linda! De amigas mexicanas, paulistanas, colombianas, guatemaltecas, enfim, de cada uma que só acrescentou um pouquinho de “ponto de vista” e das quais vou lembrar com muito carinho!

Falo também dos romenos, os quais tive o prazer (e algumas vezes, o desprazer) de conviver com mais proximidade. Com os quais fiz verdadeiras amizades, algumas para a vida toda. Com os quais aprendi um pouco o idioma,  a personalidade e a analisar sua cultura e seu papel na sociedade e no navio. São pessoas responsáveis que, quando se propõem a fazer algo, o fazem com esmero. O fazem bem. Só depois fui entender por quê há tantos nos navios. E por que a maioria deles vêm de Constanta. O país é pequeno, muito menor do que a cidade de São Paulo. As cidades principais são Bucurest, sua capital, e Constanta, cidade situada a cerca de 4 horas de distância e pela qual chegam todas as mercadorias vindas dos outros países, a cidade mais próxima que possui porto marítimo. É por isso que a maioria vem de lá: cidade portuária onde se  sobrevive ou da pesca ou  do trabalho em navios de cruzeiro. A maioria jovem já escolhe essa segunda opção, pois “quem é o louco de querer passar cerca de 8 meses em alto mar cercado de homens velhos?”. É assim que eles descrevem.

São homens como diz minha amiga mexicana a qual talvez eu nunca volte a ver, já que voltou para o México e não pretende mais voltar para essa vida, “son hombres super raros y, algunas veces, unas mierdas de personas”. É isso mesmo. São homens frios. São pessoas de difícil acesso no começo (e como sei disso! Passei os primeiros 2 meses tentando ser amiga deles e só no terceiro me deixaram entrar para a “seita secreta”rsrs), mas viram pessoas encantadoras e que têm muito a ensinar. Com eles aprendi um pouco da língua, dança e costume. Percebi também o quanto são inteligentes. Principalmente em se tratando do aprendizado de outros idiomas. Possuem uma inacreditável habilidade com isso!(conheci um que aprendeu espanhol só de ouvir em menos de 3 semanas!).


Enfim, posso dizer que aprendi muito, mais uma vez. Passei por muitos lugares, fiz muitas compras ( e como fiz! Se meu cartão acumulasse milhas, coisa que já estou providenciando, provavelmente já daria uma passagem de ida e volta para o Japão,heheheeh), conheci muitas pessoas, fiz muitas amizades, sofri muito, chorei muito, mas também dei muita gargalhada até doer o maxilar...e fui tão feliz que o meu corpo transparecia isso para qualquer um que se aproximasse de mim. Foi um aprendizado incrível que, se Deus quiser, irá se repetir nesse mês que se segue. Desta vez, com o objetivo de economizar!!! E de aprender, sempre!!!

Até a próxima!!!

Balanço geral!


Olá povo da Terra...aqui estou eu...ainda sobre as ondas!

Ontem fiz um balanço em minha mente de tudo que vem acontecido em minha vida desde que cheguei aqui. Para ser sincera, faço isso sempre,heheheh. Se estou muito feliz, em uma festa bem legal rodeado de amigos, digo pra mim mesma: “cara, tá valendo a pena!”. Porém, se estou triste, me sentindo sozinha como muitos se sentem aqui, de TPM ou aburrida, sem nada para fazer, penso: “ what a fuck I am doing here?!”,)

Mas é a vida: com seus altos e baixos. Muitas coisas aconteceram desde o meu último posting aqui. Venho passado por muitas revelações. Tenho compreendido muito mais os meus desejos e aflições. Tenho ficado sozinha. Confesso que de primeira vista, fiquei apavorada, pois não havia ficado sozinha há muito tempo. Sempre tive namorado, os quais sempre ficaram por muito tempo em minha vida, e agora, sozinha, eu e eu, foi bem apavorante no começo. Porém, depois de 2 semanas, oficialmente solteira, pode-se dizer que está sendo “sobrevivante”. Desculpe-me ó dicionário português, mas é essa a palavra. Para quem pensava que ficar sozinha era uma coisa de vida e morte, posso dizer que está sendo bem normal. Aliás, posso até dizer que está sendo bom, pois estou tendo tempo para dedicar a mim, por completo: única e exclusivamente!!!

Sempre namorei...aliás, nunca fiquei definitivamente solteira! Talvez seja por isso que estraguei meus relacionamentos, já que embora estivesse envolvida emocionalmente, uma parte de mim queria fazer coisas que nunca havia feito. Uma parte de mim queria viajar, se divertir, curtir. Não me lembro de ter ficado solteira...em toda a minha vida. Foram sempre namoro muito longos, de muitos anos. Agora, enfim, posso curtir essa sensação.

E além de ter tempo para cuidar de mim, do meu corpo, da minha mente, estudar, ler, ver um filme....o filme que eu quero ver: com ou sem legenda, do jeito que eu quero, também estou tendo tempo para minha mente e para o meu coração. Estou tendo tempo para resgatar aquela garota confiante que eu era antes, aquela garota decidida, que não deixava nada nem ninguém passar por cima dela, que fazia o que queria, os outros achando ruim ou não.
 
É engraçado, mas quando a gente namora por muito tempo, a gente se isola um pouco. A gente deixa de fazer muita coisa que gosta para estar bem com a outra pessoa! A gente cede....cede muito! E eu, meu Deus, como eu cedi!!! Por muitas vezes pensei: “ que idiota fui! Quantas lugares deixei de visitar...quantos nasceres de sol deixei de ver! quantas pessoas deixei de conhecer?!Quantas vezes voltei para trás, quando na verdade queria ir-me!

Mas, o que é isso?! Na verdade não quero reclamar. Foi bom, no balanço geral. Aprendi muitas coisas: a ter paciência, a ponderar, a ser mais madura, mais consciente, mais séria! Cresci. Tudo bem que isso não é nem um pouco parecido comigo, mas ajuda a ter o pé no chão porque, como todos que me conhecem sabem, eu as vezes viajo na maionese,heheheh

Só espero, no final dos meus tempos aqui na terra, ter feito muito mais coisas boas que más, ter aprendido, ter vivido e ter muita história para contar. A vida é curta, quero curti-la ao máximo!!! Espero poder alcançar todos os meus objetivos profissionais, me apaixonar, chorar de amor, rir até a boca doer e, sobretudo, ser feliz. É pra isso que vim!!!

Beijos e até a próxima!

Resumo da Semana...


Oi galera, como estão? Hoje já faz exatamente 1 semana que estou aqui no navio. Já estou começando a acostumar com a rotina de trabalho (diga-se de passagem, bem arcaico e poluidor da natureza).Aqui se utiliza muito papel, para tudo. Sabem quantos log book temos? 8!!! Fala sério né. Tudo que é tipo de pedido é um log book diferente, ninguém merece!
Ontem cheguei 40 minutos atrasada!Shit! É porque teria que mudar 1 hora no relógio e, por incrível que pareça, eu não ouvi o pessoal falando. E olha que os anúncios são feitos em um volume altíssimo!!! Pois bem, tava eu linda maravilhosa andando pelas ruas de Málaga na Espanha achando que iria chegar cedo ao barco. Graças a Deus (e olha que ele tem me ajudado bastante nesses últimos dias), nem a hotel manager nem a minha chefe estavam.
Ontem aproveitei para visitar Málaga, na Espanha. De longe já dá para ver um castelo bem bonito, porém fica um pouco distante e, como eu tinha apenas 2 horas, não deu para eu subir até lá. Portanto, só fiquei passeando na praia mesmo e dando uma olhada básica, como toda mulher, nas lojas,heheheheh.
Já na praia me deparei com visões assustadoras de mulheres fazendo top less. E se pensa que são só as novinhas e bonitinhas, no way! As velhinhas também adoram, hehehehhehe. É impressionante como isso já é tão normal para eles. Ah, acabei me deparando com uma cena não menos constrangedora: um velinho simplesmente tirou o calção de banho no meio da praia para colocar sua cueca azul e não molhar o short. Pode??? E tava lá, lindo, como se nada estivesse acontecendo!!!
Ontem à noite resolvi descer sozinha para o crew bar (crew bar: bar onde os tripulantes que trabalham no navio podem relaxar e interagir com todos os departamentos). Então, resolvi descer sem o pessoal da recepção, já que eles estão acabando o contrato e já estão tão cansados a ponto de só pensarem em dormir. Além do mais, sempre gostei de me misturar, até porque acho que isso é importante para o trabalho, pois você sempre acaba conversando sobre o trabalho, conhecendo o outro departamento e tirando algumas dúvidas. Acho isso importante. E acho que é bom conhecer o próximo e mostrar que você é uma pessoa aberta para conversas.
Pois bem, acabei conhecendo alguns romenos, brasileiros e também mexicanos. A maioria fica impressionado como o meu espanhol é bom e tal...acho que engano bem com o sotaque,heheh
Bem, já estou começando a me adaptar. Por enquanto, com essa troca de horários toda hora, não estou tendo tempo para descer e visitar as cidades, pois me quedo com sueño. Não vejo a hora de me adaptar por completo e poder fazer meu trabalho como sempre fiz. Aqui as coisas são muito limitadas, não temos autonomia para fazer nada. Tudo de diferente e que utilize um pouco o cérebro (pois o resto é tudo como piloto automático), deve ser passado para a supervisão e, se esse não resolver, para o gerente. Percebe-se uma hierarquia bem definida e deve ser cumprida. Às vezes me sinto uma topeira, já que estou acostumada a tomar decisões e dar sugestões.
Bom, vou indo nessa almoçar. Aliás, aqui o que mais se faz é comer. São 6 refeições por dia e até que a comida é boa. Mas infelizmente não há como desfrutar de todas as refeições, pois as escalas sempre estão mudando. Na sexta-feira é dia de frutos do mar, então a gente come camarão, lula, polvo etc. É bem variado! E ainda tem o prato especial do dia, que o nosso garçom (é isso aí galera, não é como o bandejão, é mesmo como um restaurante com todos aqueles talheres, taças e um garçom nos servindo) nos traz. Até que é bem legal essa parte.
Então vou indo nessa, até o próximo embarque.